
Presidente Lula - Foto Senado Federal
Brasilia/DF – 04/11/2024 – Informações do portal UOL indicam que o Partido dos Trabalhadores (PT) bloqueou um projeto que visava punir presidentes por não cumprimento de metas ambientais, apesar do compromisso de Lula em promover a agenda verde global. A proposta, que deveria ser votada na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, foi retirada da pauta, com 8 votos a favor e 4 contra a sua análise.
O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), relator do projeto, criticou a administração atual, acusando-a de “greenwashing”, ou seja, de promover ações que aparentam ser ambientalmente responsáveis, mas que não têm resultados concretos. Ele destacou que Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falarão em defesa de metas que, segundo ele, não estão sendo cumpridas.
Lula tenta se posicionar como um líder global na luta contra as mudanças climáticas, enfatizando que o Brasil tem um histórico de preservação e energia limpa, especialmente após sua vitória sobre Jair Bolsonaro (PL). No entanto, ao barrar a votação do projeto, o PT adiou a implementação de medidas cruciais, como:
– Reduzir em 37% as emissões de gases do efeito estufa até 2025, conforme o Acordo de Paris;
– Controlar o desmatamento;
– Expandir fontes de energia renovável;
– Criar linhas de crédito para investimentos ambientais;
– Neutralizar as emissões de gases até 2050.
A assessoria da Presidência não se manifestou diretamente sobre o assunto, indicando que a questão deve ser discutida no âmbito do Legislativo. A liderança do PT na Câmara também não comentou, enquanto o Ministério do Meio Ambiente permaneceu em silêncio.
Amom Mandel argumenta que a oposição à punição para presidentes indica a falta de compromisso do PT com a causa ambiental, comparando a situação atual com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que responsabiliza autoridades por déficits orçamentários. Ele afirmou que apenas dois ministros são realmente dedicados à causa ambiental, enquanto os demais parecem desconsiderar a agenda verde.
Com a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP) se aproximando, Mandel planeja utilizar o evento para pressionar o PT e buscar o avanço do projeto, que já passou pelo Senado. A proposta ainda precisa ser analisada por mais duas comissões antes de ser votada em plenário.